Contraponto 024 – Sherlock X House: arquétipos e esteriótipos

Uma análise das duas personagens (Sherlock e House) nos leva a entender um pouco mais sobre arquétipos e esteriótipos. Há similaridades e também diferenças planejadas entre a criação de Conan Doyle e  David Shore. Essas aproximações nos conduzem a uma análise da cultura pop e ao entendimento da recriação costumeira em produtos pop. Abner Melanias convida Erlan Tostes (Podcast Mundo […]

7 de junho de 2017 00:47:57 Podcast Download

Uma análise das duas personagens (Sherlock e House) nos leva a entender um pouco mais sobre arquétipos e esteriótipos.
Há similaridades e também diferenças planejadas entre a criação de Conan Doyle e  David Shore. Essas aproximações nos conduzem a uma análise da cultura pop e ao entendimento da recriação costumeira em produtos pop.

Abner Melanias convida Erlan Tostes (Podcast Mundo Afora) e Rodrigo Chaves (Podcasts A História e Base Bíblica) para uma conversa para responder se “Sherlock e House são a mesma pessoa?”

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6 thoughts on “Contraponto 024 – Sherlock X House: arquétipos e esteriótipos

  1. Bah. Acertaram em cheio meus dois vícios e sentido em assinar netflix. Estou lendo as coleções do Sherlock, vendo as 4 temporadas e já assisti os dois filmes sobre ele. Quanto ao House, estou na 6ª temporada por sugestão de um colega que sabia que gosto de estudar a área de Bioética. Claro que há pontos em comum entre os dois personagens, mas não creio que haja apenas uma mudança de objeto de investigação: de crimes para doenças. Ambos partem da inferência, o que na filosofia da ciência os torna parecidos. Os dois trabalham com alguma equipe. Os dois são frios, mas me parece que o Sherlock é mais ético que o House. Ambos chateiam as pessoas a sua volta. Ambos amam sua profissão. Ambos são ateus. Enfim, nunca tinha pensado nisso e estas similaridades são bem pertinentes. Embora Sherlock e House sejam humanamente desprezíveis em suas éticas e modo de vida, os amamos porque, no fim das contas, eles “resolvem” os problemas das pessoas. Não seria isso, em última análise, que importa? Pergunto isso a mim mesmo.

    Enfim. Perdão pelo longo texto. Me empolguei kkkk. Gosto muito destes personagens. Parabéns pelo episódio.

  2. Bah. Acertaram em cheio meus dois vícios e sentido em assinar netflix. Estou lendo as coleções do Sherlock, vendo as 4 temporadas e já assisti os dois filmes sobre ele. Quanto ao House, estou na 6ª temporada por sugestão de um colega que sabia que gosto de estudar a área de Bioética. Claro que há pontos em comum entre os dois personagens e me parece que há apenas uma mudança no objeto de investigação: de crimes para doenças. Ambos partem da inferência, o que na filosofia da ciência os torna parecidos. Os dois trabalham com alguma equipe. Os dois são frios. Ambos chateiam as pessoas a sua volta. Ambos amam sua profissão. Ambos são ateus. Enfim, nunca tinha pensado nisso e estas similaridades são bem pertinentes. Embora Sherlock e House sejam humanamente desprezíveis em suas éticas e modo de vida, os amamos porque, no fim das contas, eles “resolvem” os problemas das pessoas. Não seria isso, em última análise, que importa? Pergunto isso a mim mesmo.

    Enfim. Perdão pelo longo texto. Me empolguei kkkk. Gosto muito destes personagens. Parabéns pelo episódio.

  3. Gente, Sherlock Holmes é o meu personagem literário preferido, imaginem como fiquei quando vi sobre o que era este episódio, rs!
    Já li toda a obra sobre Sherlock de Doyle (e estou precisando reler, haha), vi tanto a série Sherlock quanto House e estão entre minhas favoritas!
    Acho que o House é mais “miserável” (mais babaca como o Erlan se referiu) que o Sherlock, não sei se o fato de gostar muito do Sherlock me influencia a pensar assim, rs.
    Não lembro se falaram no episódio que a frase “Elementar, meu caro Watson” não está originalmente nos livros, mas ela surge de adaptações no teatro, se não me engano, e hoje está presente em quase toda produção sobre o Sherlock!

    Gostei muito do bate-papo!
    Abraço!

  4. eheheheh Abner juntou meus dois queridos num episódio!!!! Obrigada!
    Meus dois lindos, Sherlock Holmes e House….

    Eles tem muito em comum sobre o método dedutivo, até pq foi o método clínico (usado e ensinado até hoje), que inspira Sir. Arthur Conan Doyle, e que o House traz com toda a força. E além disso ambos são egocêntricos.
    Mas, para mim, Sherlock é um personagem mais linear, um sociopata altamente funcional, enquanto o House é um cara muito mais complexo e cheio de camadas.
    Esperei vocês falarem que o House é vítima de erro médico. Ele sofreu uma necrose muscular na coxa, devido a atraso diagnóstico, por um grupo de médicos que não fez uma dedução adequada, e ele sofre uma cirurgia que o deixa com sequelas inclusive a dor. Esse dado da vida dele é mostrado no final de primeira temporada (episódio 21), em que ele apresenta o próprio caso numa aula da faculdade de medicina, onde os alunos são treinados a fazerem deduções. No final ele mostra como o atraso no diagnóstico trouxe consequências graves sobre o paciente, e se apresenta como o indívíduo vítima do erro. Essa amargura é o que House transfere para todos à sua volta. Mas, além disso, após esse episódio, percebi que muito da pressão que ele exerce sobre os seus “fellows” tem a ver com a tentativa de evitar que um novo time de médicos “coma mosca” em um diagnóstico.
    Claro que a série tem muita farofada, principalmente aquela mania norte-americana de realizar muitos exames invasivos e sair aplicando corticosteróides à torto e à direito (o que não é tão fora da realidade deles), e também alguns diagnósticos bizarros. Mas digamos que o cotidiano do Diagnóstico Diferencial (o exercício que ele faz com os fellows no quadro branco) é a base do raciocínio clínico. As buscas em domicílio são o sonho dos médicos (é, ir à residência pode fechar um caso), e a frase “os pacientes mentem”, que vem da própria história de House, sendo um fato para nós, médicos. Um relatório criado após um interrogatório com técnica desenvolvida exaustivamente é a chave para um bom diagnóstico em cerca de 60% dos casos, sem qualquer exame.
    Infelizmente muita gente pensa que o exercício de Diagnóstico Diferencial é irreal, mas fora as patologias raras que a série adora mostrar, aquele exercício é o que deveria ocorrer a todo paciente sob investigação mais complexa. Infelizmente as escolas médicas tem caído em qualidade, e deixado de treinar de forma correta, mas me sinto feliz por já ter passado por aqueles momentos em que Sim! É Lúpus! e rola aquele sorrisinho em nosso rosto (eu sempre achei sarcoidose mais maneiro que Lúpus, mas enfim…) Aliás, a brincadeira com o Lúpus, é porque a patologia consiste em anticorpos contra todas as estruturas do corpo, a doença que mimetiza qualquer quadro clínico, de infarto a esquizofrenia. Então, nós quando somos residentes de hospital universitário temos a mania de colocar o Lúpus no diagnóstico diferencial. Quando ele dizia “It’s not Lupus” é como se dissesse para os fellows largarem de preguiça e pensarem mais.
    Sobre a ética de House, a Comissão de Bioética do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, por volta de 2008-2009, resolveu fazer uma sessão intitulada “A ética de Dr. House”. Após 2 horas de quebra pau, terminaram sem consenso, com muitos jovens médicos apaixonados defendendo as atitudes de seu ídolo da TV. Por quê? House é o médico transparente, que fala tudo que pensa sobre o paciente. É tomado por grosseiro e antiético, enquanto Wilson é o médico que segue a cartilha, fala tudo o que os pacientes precisam ouvir de acordo com os manuais, mas soa como um hipócrita diante de House. Como “os pacientes mentem”, a não transparência é a forma mais aceita de lidar com os dramas das pessoas. Isso dá uma treta monstra, pois muita gente considera cruel por exemplo, contar a alguém próximo á morte, que ela precisa se preparar para o momento. Dizer que “vai ficar tudo bem e vc vai melhorar”, embora seja mentiroso e uma crueldade velada, é a atitude aceita pela maioria das pessoas.
    Foi mal pelo textão. Mas foram falar de House… e eu fico pensando coisas kkkkkkkkkkkk

  5. Essa é a primeira vez que comento aqui justamente pq é meu personagem preferido. Não sei o que seria da minha adolescência sem Sherlock Holmes ( que é anos luz à frente dos detetives de Agatha Cristie vamos combinar). As séries sobre ele nem conto, pq nunca chegarão aos pés da personagem do Arthur Conan Doyle.
    Quanto à pergunta principal. House é uma linda homenagem, mas ainda esta muito longe de ser confundido com o Sherlock, pq pra começar Sherlock nunca teria um relacionamento com mulher nenhuma, seja pelo temperamento, seja pela convicção dele, e o Sherlock tem domínio em diversas areas de conhecimento, não só a medica/musica/drogas.

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