[alert type=”info”]PARA BAIXAR: clique na palavra “Baixar” (logo abaixo do player acima) com o botão direito e escolha a opção “Salvar link como”.
ARQUIVO ZIPADO: Clique aqui (Clique com o botão direito e escolha a opção “Salvar link como”).[/alert]
Muito bem (3x), o seu podcast semanal de teologia está no ar. Bibo e Mac recebem Thiago Titillo para juntos analisarem a linha preterista de interpretação do Apocalipse.
Quais as linhas de interpretação do Apocalipse? O que é o preterismo? Porque ele parece fazer mais sentido? Quais são passagens bíblicas e os fatos históricos que apoiam essa linha? Essas e demais perguntas discutiras nesse programa
O podcast cristão do Bibotalk tem a missão de ensinar teologia em áudio afim de ver o crescimento bíblico-teológico da igreja brasileira.
[alert type=”danger”]FEED EXCLUSIVO – BTCast: https://bibotalk.com/categoria/podcast/btcast/feed/[/alert]
[alert type=”danger”]FEED GERAL DO BIBOTALK COM TODOS OS PODCASTS DA CASA https://bibotalk.com/categoria/podcast/feed/[/alert]
Arte da capa: Guilherme Match (conheça o trabalho dele aqui!).
LINKS COMENTADOS
BTCast 032 – O Fenômeno Apocalíptico
BTCast 117 – O sermão escatológico de Jesus
BTCast 127 – Plus – O Sermão Escatológico de Jesus
Seja um Mantenedor do Bibotalk!
nosso email: [email protected]
Conheça o Transmissão, a nova atração do Bibotalk, clique aqui!
Canal de Distribuição no Telegram, clique aqui! LISTA DE DISTRIBUIÇÃO NO WHATSAPP +5547992104938
[tabs][tab title=”Twitter dos Integrantes”]@BiboBTcast | @Mac_Mau | @stahlhoefer | @milhoranza | [/tab] [tab title=”Redes Sociais”]facebook.com/bibotalk | twitter.com/bibotalk | instagram.com/bibotalk[/tab] [tab title=”Vídeos”]Assine nosso canal no Youtube, clique aqui!
[/tab] [tab title=”Assine o Feed”]Assine o feed https://bibotalk.com/categoria/podcast/feed/[/tab] [tab title=”Comentário em Áudio”]Envie seu comentário em áudio para [email protected], ou no botão “Gravar Efeito BTCast!” no canto inferior direito da sua tela![/tab][/tabs]
Parabéns pelo episódio!
Parece a escola escatológica que possui maior proximidade com o relato da escritura.
Pelo que eu ouvi Waldomiro, nem se trata de Escatologia né? O preterismo parcial é uma abordagem hermenêutica. Até metade do pod eu fiquei atento também vendo se harmonizava com o amilenismo ou se era algo diferente. Aí no final foi exposto que o Amilenismo é a visão escatológica enquanto o preterismo parcial é a abordagem hermenêutica.
Sim, André Santos. O preterismo parcial é uma abordagem hermenêutica. Sou preterista parcial e amilenista.
Titillo, quem defende o Preterismo parcial automaticamente é amilenista??
Muito boa explanação, masssss precisamos ouvir os historicistas e o futuristas… um abraço historiscista a tds….
Gente que episodio é esse, show demais.
então a grande tribulação já passou? ‘-‘
Calma, rsrs. Outros textos ainda indicam uma grande tribulação antes da segunda volta de Cristo.
ah então vai ter uma Grande Tribulação, fiquei mais tranquilo agora, kkkk acho que esse episódio precisa de um BTcast Plus 1 e Plus 2 kk
Narak, vou ter que discordar do amigo Maurício. A grande tribulação ocorreu entre 66-70. Nada falta para que Cristo retorne. Ele pode voltar agora mesmo, e isso, desde o século I.
Jesus… agora fiquei mais perdido ainda.
Quase virei um amilenista e agora vem vc é diz q já foi…
Como assi
Quem avisa amigo é, rsrs.
Seria bom um episódio sobre o Pós-Milenismo 🙂
Thiago, tudo bem?
Como você interpreta a vinda do filho da perdição em 2 Tessalonicenses capítulo 2? Independente de se crer que é um anticristo humano e pessoal ou outra coisa qualquer, aparentemente parece apontar para algo futuro, imediatamente antes da segunda vinda de Cristo, o que implicaria que algo precisa acontecer ainda antes da segunda vinda de Cristo. Ou na verdade isso também já passou?
Entendo que o “homem da iniquidade” é Nero, e “o que o detém” é Cláudio, que reinava quando Paulo escreveu, e que protegeu os cristãos do ataque dos judeus (Suetônio, Cluadius, 24.5 – cf. At 18.2). Inclusive, como observa Gentry, A palavra “deter” em latim é “claudere”, que é similar a Claudius. Quando Claudio foi assassinado pela mãe de Nero, este subiu ao trono e, a partir de 64, começou a perseguir os cristãos.
Mas Paulo diz apenas que diz que a parousia final de Cristo seria imediatamente após esse acontecimento. Apenas diz que Cristo não voltaria sem que isso antes acontecesse. Após esse acontecimento, Cristo poderia vir a qualquer momento: século I, hoje, ou daqui há alguns milhares de anos.
Entendo, entretanto o texto parece dizer que este filho da perdição será destruído pelo esplendor de sua vinda que acredito estar apontando para a parousia final. Por isso citei que este texto apontaria para o futuro imediatamente anterior à segunda vinda de Cristo. O que seria então, ao seu ver, o sentido deste texto onde o filho da perdição é aniquilado pela vinda de Cristo?
Muito bom o episódio. Acredito que é a forma mais óbvia de se ler Apocalipse, mas pressupõe que o grande mal permeia os homens, instituições e governos, uma interpretação que não convém para muitos… Que venha o Reino dEle
Crescer aprendendo sobre o dispensacionalismo e ouvir sobre amilenismo e agora sobre preterismo é tipo: Tipo sanguíneo A+ por favor.kkkk
”Tamo” junto… kkkkkk
So achei fraco o argumento que o Títilo usa com a palavra em breve, e o seu acontecimento imediato, refutando assim a corrente futurista. Como seu significado não muda no grego original, em romanos 16 :20 o Deus de paz em breve esmagara a satanas…? Na visão amilenista sim já esmagou, em outras correntes certamente ainda não é um evento futuro. Parabéns a equipe, sempre trazendo conteúdo para as nossas reflexões. Deus vos abençoe a cada dia mais.
Em tempo, essa série de devocionais do transmissão tem me edificado muitíssimo. Obrigado!!!!
Paulo Roberto,
Realmente não lembrei dessa passagem. Constitui uma exceção. A outra exceção se encontra em Lucas 18.8, onde a mesma palavra grega (tachei) é traduzida por depressa. De qualquer forma, não é seguro interpretar uma palavra com base em exceções, quando não há qualquer informação no contexto que exija isso.
Almeidinha 1 X 0 NVT . kkkkk.
@lourivalgonalves:disqus , a almeidinha merece uma edição nova no btcast especial. Tá fazendo a diferença.
kkkkkk. Engraçado o Titilo falando: Tá errado.kkkk.Tudo brincadeira tá Bibo?kkkk
kkkkkkkkkkkkkk
@bibotalk:disqus quando o assunto é escatologia.kkkk. Não se preocupe,você não está só.kkkk
https://uploads.disquscdn.com/images/82ac064730412ec979e2944757fa601b8392a39c27d8c74f7df27f1fe96428d7.jpg
Estava pesquisando sobre o Preterismo e uma critica dos futuristas é encaixar Zacarias capitulo 12 ao capitulo 14 no preterismo. Que o profeta descreve a resistência dos judeus em Jerusalém e sua redenção.
Onde todas as nações atacam Jerusalém
Preteristas dirão que Israel significa a Igreja. Será que não seria uma respostas simplista?
Dê uma olhada no link abaixo, de autoria do Kenneth Gentry. Embora ele esteja defendendo o pós-milenismo, há elementos que indicam uma interpretação preterista de Zc 14:
http://www.monergismo.com/textos/pos_milenismo/zacarias14-objecao-biblica-pos_gentry.pdf
Buguei! Sensacional! Ouvir e re-ouvir.
sensacional. Espero por mais btcasts sobre o tema.
Começando a ouvir agora e ficando bastante decepcionado por não começar o episodio não o tema de De Volta Para O Futuro.
Att,
Interessantíssimo, traz luz a algumas coisas, mas confesso que isso me cheira um pouco a antissemitismo… a gente sabe como essas visões de juízo aos judeus costumam ser usadas. Embora eu ache que o texto seja claro quanto à queda de Jerusalém, acho complicado dizer que a linguagem apocalíptica dos sinais de Mt. 24:29-31 refira a isso, pois os judeus não eram nem de longe um ‘luzeiro’, um grande reino da época. Se isso devesse se referir a algum reino da época, seria a Roma.
Abraços.
Luiz Renato,
É fato que o antissemitismo se aproveita de qualquer brecha para disseminar suas ideias, mas não é por isso que vamos relativizar o texto bíblico. A Bíblia diz que Israel foi julgado por Deus por rejeitar o seu Messias. Isso não quer dizer que judeus não podem ser salvos pela fé em Cristo, mas que como nação (coletivamente), perderam de uma vez para sempre o privilégio de ser o povo de Deus. A salvação está disponível a cada judeu pela fé em Cristo, mas sua etnia não mais lhes garante privilégio algum.
Sobre sua colocação, é verdade que aos olhos das grandes nações da época, em especial Roma, Israel nada era. Mas aqui Jesus está falando para seus discípulos, judeus, impregnados da ótica judaica: Israel é a nação escolhida. Os judeus se vangloriavam de sua raça, e viam sua nação com as lentes davídicas. Nesse sentido, para eles, a queda de Israel representava a queda de um grande luzeiro.
é novo pra mim ,achei muito interessante até inclusive obtive mais conhecimento pois não conhecia esse pensamento,ouvi quatro vezes e vou ouvir mais.
Esse episódio me prendeu do início ao fim e realmente é um ponto de vista diferente do tradicional. Lógico que há controvérsias e a linha de pensamento preterista é em diversos momentos um tanto frustante, porém o argumento apresentado tem um raciocínio bem interessante, com pitadas de históricos iluministas de desconstrução. Parabéns pela conversa, que dá pé pra muito mais.
É um episódio, que mostra uma forma de se aprofundar na escatologia. Gostei muito . Sinceramente! Fiquei com muitas dúvidas, e questionamentos. Vou ter que listar, perguntar, e aguardar o próximo btcast sobre o tema.
Programa muito bom, mas fiquei com uma dúvida. Qual é a relação do preterismo parcial com o paralelismo progressivo? Eles se opõem, se complementam, se anulam ou simplesmente dizem respeito a campos diferentes da escatologia?
Eles não possuem nenhuma relação, a priori. Enquanto o preterismo parcial é uma ferramenta hermenêutica que visa interpretar os textos em si, o paralelismo progressivo é uma ferramenta hermenêutica que divide esses mesmos textos do apocalipse em sessões. Assim, ambos podem tanto andar juntos como serem tomados individualmente, defendendo-se apenas um ou outro.
Gostei muito deste pod. Vou até dar uma olhada no “Comentário preterista sobre o Apocalipse”, 2ª ed. ampliada.
S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L!!!!!!!
Mas um ótimo episódio! Mas sempre sinto falta da relação de livros citados na descrição do cast, mesmo que já foram citados em outro episódio. :/
Sinto falta disso também Alan!!!
Muito bom o episódio pessoal! Titilo, como o preterismo interpreta Zacarias 12?
Dê uma olhada no link abaixo, de autoria do Kenneth Gentry. Embora ele esteja defendendo o pós-milenismo, há elementos que indicam uma interpretação preterista da profecia de Zacarias:
http://www.monergismo.com/textos/pos_milenismo/zacarias14-objecao-biblica-pos_gentry.pdf
Esse podcast me causou aquela hemorragia nasal!!! S-E-N-S-A-C-I-O-N-A-L!!!! Vontade de ouvir todos os pods do tema novamente! Parabéns seus lindos!!!
Esqueci de mencionar que essa de que o Apocalipse acontece em torno de 60 a 70 d.c foi de arrancar sabiá do toco hein!
Desde que eu me conheço por gente vejo as bíblias, comentários bíblicos e exposições de EBD colocando a produção do texto em 90 d.c.
Sensacional!!!
Eu achei muito bom o episódio. Mudou um pouco o meu olhar ao Apocalipse.
Mas tenho dificuldades de aceitar a interpretação de Mateus 24:29-31 como sendo uma descrição de um fato já ocorrido.
Acho que este trecho é muito semelhante ao texto de Paulo sobre vinda do Senhor em 1 Tess 4:14-17:
– Os dois textos descrevem o Senhor vindo do céu
– Os dois textos falam do toque da trombeta
– Os dois textos parecem indicar a presença de anjos
– Os dois textos falam de salvos sendo ajuntados
Me parece até que Paulo esta com Mateus 24:29-31 na mente quando escreveu este texto aos tessalonicenses e tão semelhantes que são. Por isso, tenho dificuldade de concordar com o Thiago neste ponto.
Eu achei muito bom o episódio. Mudou um pouco o meu olhar ao Apocalipse.
Mas tenho dificuldades de aceitar a interpretação de Mateus 24:29-31 como sendo uma descrição de um fato já ocorrido.
Acho que este trecho é muito semelhante ao texto de Paulo sobre vinda do Senhor em 1 Tess 4:14-17:
– Os dois textos descrevem o Senhor vindo do céu
– Os dois textos falam do toque da trombeta
– Os dois textos parecem indicar a presença de anjos
– Os dois textos falam de salvos sendo ajuntados
Me parece até que Paulo esta com Mateus 24:29-31 na mente quando escreveu este texto aos tessalonicenses e tão semelhantes que são. Por isso, tenho dificuldade de concordar com o Thiago neste ponto.
Além disso, o texto de Mateus 24 também é semelhante ao de Mateus 13:36-41 onde Jesus explica a parábola do joio e do trigo. Na explicação Jesus usa termos muito semelhantes ao de Mateus 24 quando diz que ele enviará os seus anjos para separar o joio (filhos do maligno) do trigo (filhos do reino). Ele também diz que a colheita é o fim do mundo. Me parece que esta indicando uma vinda ainda futura.
Fernando,
Realmente há paralelos entre as duas passagens, mas não podemos esquecer a queda de Jerusalém no ano 70 é um evento microcósmico que aponta para o evento macrocósmico da parousia final. Por isso, a linguagem semelhante.
Certo, entendi. Pensei que você interpretasse Mateus 24:29-31 como se fosse unicamente uma referência à queda de Jerusalém, mas não, você admite que o texto aponta para dois eventos, a queda de Jerusalém e a parousia final. Excelente! Logo, de certa forma, podemos fazer o mesmo nos versos anteriores que fala de uma grande tribulação, de falsos profetas e falsos cristos, da perseguição ao povo de Deus, etc…
Entendo que o texto se refere unicamente à queda de Jerusalém, e não à parousia final. Contudo, esse evento profetizado (o juízo da nação de Israel) aponta para o juízo final (o juízo de todas as nações). Não há “sensus pleniior”. A profecia diz respeito a um único evento. Este evento, de fato, prenuncia o outro.
Que episódio sensacional ! O Thiago Titillo realmente sabe expor muito bem seu ponto de vista e por vezes é bem convincente. Então, para contribuir com esse debate muito interessante queria deixar algumas considerações.
O primeiro ponto é que eu não creio que o vaticinio ex evento fere a inspiração divina das Escrituras. Só fere se acharmos que a Bíblia foi ditada palavra por palavra. Mas se cremos que a inspiração é uma supervisão divina do texto e que os ensinos são inspirados não tem por que diferenciar uma coisa da outra.
A questão da literatura apocalíptica como consolo em momento de perseguição também está sendo questionada. Eu mesmo, em minha dissertação de mestrado defendo que o objetivo do Apocalipse não era consolar os cristãos perseguidos, mesmo porque, embora houvesse perseguição, ela não era esse massacre global que nos fazem crer. O Apocalipse foi escrito para dar um puxão de orelha nas igrejas que estavam abandonando a fé rm Cristo em virtude da sua demora.
Bom, sobre ser escrito na década de 60, isso ao meu ver desqualifica a interpretação. Mesmo porque Jesus também disse que volta em breve, mas ainda não voltou. O problema é que a teoria parte da Consolação aos leitores. Como exemplo citemos a igreja dos Efésios. Na década de 60, a igreja de Éfeso ainda não tinha perdido o primeiro amor, pois Paulo tinha acabado de escrever a carta para eles. Por que João escreveria logo depois (ainda na década de 60) dizendo que eles haviam perdido o primeiro amor? E João dá a entender que havia passado algum tempo entre a fundação da igreja e a perda do primeiro amor.
Não creio que as evidências externas que foram apresentadas provem que João escreveu o Apocalipse na década de 60. Quando compara-se as perseguições de Nero e Domiciano dizendo que foram proporcionalmente iguais, diz-se a mesma coisa que eu demonstro na minha dissertação de mestrado. Isto é, que a perseguição não era tão grandiosa como se imagina. Assim, a perseguição não foi o motivo principal, mas sim a desistência das igrejas em viver a fé já que Jesus estava demorando para voltar.
A primeira evidência interna em Apocalipse é muito boa e quase incontestável. A apresentação dos reis passados e o que existe foi um excelente argumento ! Foi um momento de hemorragia nasal.
Mas a interpretação do 666 é fraca, pois literaliza o simbolismo num livro que não deve ser literalizado.
Mesmo não concordando com o Titillo, ele tem meu respeito, consideração e admiração pela pesquisa e a apresentação dessa pesquisa. Um grande abraço !
Muito bacana contar com sua interação por aqui, Milho.
Meu objetivo não é gerar um debate, mas considero importante esclarecer meus posicionamentos.
1) Entendo que o vaticinio ex evento fere sim o conceito ortodoxo de inspiração, mesmo que este não seja entendido como ditado verbal. Por inspiração, entendo que o Espírito Santo supervisionou os autores bíblicos de maneira que registrassem sem quaisquer erros e falsidades a revelação divina. Quando um escritor pega um evento histórico já ocorrido e escreve como se fosse uma profecia por acontecer, há aí um falseamento. Isto, tanto quanto a pseudonímia, fere o conceito mais elevado de inspiração.
2) Sobre a literatura apocalíptica surgir em momento de perseguição, desconhecia qualquer mudança neste sentido. Em meu artigo final da especialização (2015), tratei do tema sob a orientação de uma das maiores autoridades em escatologia e apocalíptica judaico-cristã primitiva, o Dr. Valtair Miranda. Até então, essa era a posição dominante. De qualquer forma, há evidências internas no Apocalipse de João que apontam para um nível de perseguição (cf. Ap 1.9; 2.9-10, 13; 6.9; 20.4; etc.). Concordo que tal perseguição tem sido maximizada, mas isso não depõe contra o propósito de confortar os cristãos. Contudo, preciso ler sua dissertação (rsrs).
3) Mantenho, portanto, que o propósito do autor era confortar os cristãos. Sobre a vinda de Cristo, e o fato dele ter afirmado que ele voltaria em breve, entendo que tanto o sermão escatológico do Monte das Oliveiras quanto o Apocalipse falam da vinda em juízo sobre Jerusalém, o que ocorreu naquela mesma geração. Jesus somente fala de sua parousia final a partir de Mateus 24.36 – “aquele dia e hora que ninguém sabe” em contraposição ao “não passará esta geração sem que tudo isto aconteça” (v. 34). Igualmente, minha leitura de Apocalipse só focaliza a parousia final, o juízo e a consumação escatológica a partir de Apocalipse 20.7. O tema dominante de Apocalipse, então, seria o juízo de Deus contra a nação de Israel, que rejeitou seu Messias: a queda de Jerusalém em 70.
4) Sobre a igreja de Éfeso ter abandonado o primeiro amor, não vejo qualquer problema. Se Paulo escreveu a carta de Éfeso (que em minha opinião era uma carta circular) no início da década de 60, e o Apocalipse foi escrito após a metade da década de 60 (c. 65-67), há aí tempo para que haja esfriamento espiritual sim. Veja outro exemplo: Paulo e Barnabé fundaram as igrejas da Galácia durante a primeira viagem missionária (tomando como certa a teoria da Galácia do Sul), e o apóstolo escreve a esta igreja antes do Concílio de Jerusalém, dizendo: “admira-me que estejais passando tão depressa daquele que vos chamou da graça de Cristo para outro evangelho” (Gl 1.6). Não precisaram de muito tempo para esfriarem…
5) Sobre a interpretação do número 666, geralmente até os que defendem uma data no reinado de Domiciano, veem neste número uma referência a Nero, e interpretam a partir do mito do Nero redivivo, que seria o Domiciano. Em minha opinião, essa interpretação não se sustenta, pois o mito do Nero redivivo não circulava ainda durante o primeiro século (a não ser que joguemos o Apocalipse para o século II, mas poucos concordariam com isso). Além do mais, não vejo que essa interpretação literaliza a passagem. Seria literal se o texto dissesse: “Nero”. Mas o número é simbólico, referindo-se à pessoa do imperador romano, o que está de acordo com o uso dos números, imagens e símbolos na literatura desse gênero.
Mais uma vez, obrigado por sua interação, mano.
Um forte abraço!
testando.
Eu admiro muito o Titillo e tal, mas é no mínimo complicada a defesa do preterismo parcial.
O primeiro ponto o Milho já falou: a evidência de Apocalipse escrito na década de 60 é frágil demais, na minha opinião, e isso é um negócio que enfraquece demais a interpretação, porque ela depende disso.
Em relação à brevidade que o Titillo se refere e à associação com as perseguições, a noção de que a morte é um encontro com Cristo e serve como consolação é totalmente ignorada. Em um contexto com um monte de cristão morrendo, o maior consolo seria o encontro com os irmãos.
E a interpretação do Titillo ainda parece esvaziat demais a parousia, especialmente na sua defesa da inaplicabilidade do senso splenior nos escritos como o sermão profético de Cristo. Isso faz muito pouco sentido em um contexto em que Cristo demora 2 mil anos ou mais pra voltar e no contexto de uma Palavra de Deus inspirada em que não aparece uma descrição histórica da queda de Jerusalém depois.
E a parte do “trespassaram” pode ser facilmente interpretada com a lógica de que todos somos pecadores e todos nós fomos responsáveis pela morte de Cristo. Fica difícil aplicar isso só pra Israel em um contexto que envolve o mundo todo.
Eu respeito muito a capacidade interpretativa do Titillo, seus estudos, mas o preterismo parcial me parece um quadrado tentando se encaixar em um molde redondo
Olá, Leonardo.
Quanto à objeção do Milho à datação na década de 60, depois dê uma olhada na minha resposta a ele. Em minha opinião, as evidências internas (mais do que as evidências externas) apontam fortemente para a década de 60. A opinião dos que defendem a década de 90 dependem mais das evidências externas, em especial, a duvidosa afirmação de Irineu sobre o assunto (aquele mesmo que disse que Jesus ensinou até os 50 anos de idade!).
Reafirmo a inaplicabilidade do “sensus plenior” quando as Escrituras não exigem. Se observares bem o que eu defendi, verás que o sermão escatológico de Jesus responde a duas perguntas, e a segunda se refere a parousia final, de maneira que a questão não é “esvaziada”, como você sugeriu. Inclusive, entendo que Apocalipse 21 e 22 falam da realidade escatológica consumada, o que pressupõe a vinda final de Jesus. Pouco sentido faria, ao meu ver, interpretar a primeira parte deste sermão como referência a parousia final, sendo que Jesus afirmou que tudo aquilo aconteceria naquela geração. Isso sim, colocaria em dúvida a inspiração, inerrância e infalibilidade da Escritura.
Quanto à sua interpretação de “traspassaram”, ela não é impossível. Mas os demarcadores temporais apontam para outra direção. Desta forma, é mais coerente pensar naqueles que foram os responsáveis diretos pela morte de Jesus. É o somatório das evidências que apontam na direção do preterismo parcial.
Sobre a interpretação do 666, compartilhe então uma interpretação “forte”. Ficarei no aguardo.
Um abraço!
Caraca, maior hemorragia nasal que já tive ̶e̶m̶ ̶t̶o̶d̶o̶s̶ ̶e̶s̶s̶e̶s̶ ̶a̶n̶o̶s̶ ̶n̶e̶s̶s̶a̶ ̶i̶n̶d̶ú̶s̶t̶r̶i̶a̶ ̶v̶i̶t̶a̶l̶ no btcast https://uploads.disquscdn.com/images/64050820ee30731ce054c3aea120be563f5397289ff26703f137ce4cf9cf82e9.gif
muito bom kkkk
Hemorragias nasais é pouco…
Queria indicar um site onde tem bastante material preterista para ler e estudar. Neste mesmo link, há comentários de Apocalipses, Mateus, Marco, Lucas e etc. Segue o link e boa leitura e pesquisa: http://revistacrista.org/literatura.htm#.WMDUT9IrLIU