BTCast 128 – Romanos 9 na visão arminiana

Muito bem (3x), começa mais um BTCast, o seu podcast semanal de teologia. Bibo e Glória recebem os arminianos Paulo Cesar do site Arminianismo.com e o Samuel do site Deus amou o mundo para discutirem sobre Romanos 9. Nesse episódio entenda a visão arminiana da soberania de Deus, descubra como esse grupo lê Romanos 9 e pare […]

17 de novembro de 2015 01:42:06 BTCast Download

Muito bem (3x), começa mais um BTCast, o seu podcast semanal de teologia. Bibo e Glória recebem os arminianos Paulo Cesar do site Arminianismo.com e o Samuel do site Deus amou o mundo para discutirem sobre Romanos 9.

Nesse episódio entenda a visão arminiana da soberania de Deus, descubra como esse grupo lê Romanos 9 e pare de achar que ao citar esse capítulo os arminianos saem correndo.

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Comentado no episódio:

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49 thoughts on “BTCast 128 – Romanos 9 na visão arminiana

  1. OMG… Estou esperando esse tema há tempos. Até que enfim vão mostrar no BiboTalk como nós arminianos entendemos esse capítulo que, dizem por aí, faz a gente “correr”. *-*

  2. Olha só! Estávamos falando desse tema essa semana no grupo nacional do Btcast! Adivinharam nossos pensamentos. Acho que estava predestinado a ser isso mesmo! rsrsrss

  3. Excelente cast! Parabéns mais uma vez pelo ensino. Contínuo divergindo da posição arminiana, porém foi um dos mais esclarecedores ensino sobre o assunto. Gostei dos esclarecimentos do PC, Samuel e Glória. Vou ouvir mais umas três ou quatro vezes!! RS. Agora aguardo o lado “negro” (calvinista) da força! Abraços. Pb. César Aguiar.

  4. Gente to sem conseguir adjetivo pra esse episódio, depois do lendário episódio 34, um dos mais consistentes e com maior conteúdo que já vi!!
    Assim como o BIBO reforcei as minhas trincheiras arminianas, e agora espero o outra lado calvinista, pq vcs mexeram na Menina dos olhos calvinista, Romanos 9!! kkkkkkkkkkkk
    Só faltou o Samuel falar sua experiencia, com relação a divisões entre igreja, ele ia falar e o BIBO cortou, espero que tenha um Btcast sobre esse assunto depois e ele dê seu depoimento!!
    Abraços e Parabéns mais uma vez!!!

  5. Seus materiais são de grande valia pra mim. Me ajudam muito em meus estudos e abrem meu entendimento em algumas questões essenciais.
    Crítica construtiva, 10 minutos de jabá é muita coisa! rs
    Sucesso pessoal!

      1. Claro, me expressei mal! Eu sei que tudo tem um custo e que as ofertas são essenciais pra quem vive de ministério. Só quis dizer que de repente melhorar um pouco a forma de anunciar isso no começo do btcast, porque 12 minutos é muito. Mas é a minha opinião apenas, e não interfere na qualidade do material de vocês.
        Fiquem na paz.

  6. Espetacular, mais uma série que nos dará hemorragia nasal, como diz nossos amigo Bibo! Rs

    Sou um estudante iniciante de teologia, estou fazendo faculdade na Universidade Presbiteriana Mackenzie (Higienópolis-SP), onde sua linha teológica (confissão de fé) é calvinista, porém, não consigo digerir o calvinismo e gostaria de fazer uma pergunta!

    Vemos diversas obras calvinistas para defender sua linha teológica sobre a predestinação no livro de Romanos, dentro da linha arminiana qual vocês me indicariam para uma primeira leitura e depois uma para maior entendimento? Um comentário que me ajudará a melhor compreender o “livre arbítrio” em Romanos.

    Quero aqui parabenizá-los pelo grande trabalho vem fazendo! Que o Senhor continue abençoando essa grande obra, para que vocês continuem nos abençoando com grandes conhecimentos da palavra de Deus.

    1. Diego Pereira,

      Sobre o livro de Romanos e a teologia Paulina em uma perspectiva arminiana, há excelentes obras disponíveis em português, não apenas em formato de livro, mas também em artigos.

      Alguns artigos:

      1- http://deusamouomundo.com/arminianismo/uma-exposicao-em-romanos-9/
      2- http://deusamouomundo.com/estudos/perguntas-para-fazer-a-voce-mesmo-quando-analisar-romanos-9-e-recursos-arminianos/
      3- http://deusamouomundo.com/exegese/novo-testamento/romanos/

      Alguns livros:

      Comentário de Romanos: Versículo por Versículo – C.E.B Cranfield
      A Teologia do Apóstolo Paulo – Herman Ridderbos – Cultura Cristã
      Comentário Bíblico Atos Novo Testamento – Craig S. Keener
      Comentário Bíblico Romanos – Bob Utley

    2. Ja expliquei sobre como ou porque acredito na doutrina da predestinaçao, e Romanos 9 é o ultimo texto que cito!!!
      Olha aii! Hahaha
      Nem todo calvinista depende de Romanos 9! =D

  7. Parabéns galera, foi muito bom!
    Eu gostaria de fazer uma pergunta aos irmãos PC, Samuel e Glória, da perspectiva arminiana, se o sistema soteriológico de Deus for o sintetizado por Calvino, Deus seria injusto em faze-lo dessa forma? teve alguns momentos que senti que os irmãos não acham que seria injustiça.
    Abraços!

    1. Kássio,

      Deus tem o direito, a liberdade e o poder para fazer qualquer coisa. Disso não podemos ter dúvidas. Entretanto, com base no conceito de justiça expresso na palavra e nos valores morais objetivos com os quais fomos dotados (que remontam ao próprio Deus), na hipótese dele condenar incondicionalmente pessoas ao inferno, ele seria injusto.

      1. “Todos pecaram”. Se considerarmos essa afirmarcao, que ja nascemos no pecado, o justo seria todos sermos condenados, sem defesa!!!
        Entao na teoria a salvacao só para quem crer nele é injusta, porque o pecado nunca vai levar o homem a Deus (o pecado é a separacao com Deus).
        Se voce encaixar a soteriologia de calvino aqui vai perceber que resolve o dilema (justo/injusto) nao acha?

        1. Nanda Maia,

          Eu não consegui entender muito bem a sua ideia, mas posso fazer algumas observações pontuais:

          – No calvinismo supralapsariano o pecado não faz a menor diferença do ponto de vista da eleição. Ele é apenas um meio para condenar àqueles que INCONDICIONALMENTE (mesmo antes de existir pecado) foram selecionados para perdição e um meio para glorificar a Deus. Sendo assim, o “todos pecaram” é irrelevante. Conforme o próprio Beza argumenta, Deus seleciona os eleitos e os reprovados a partir da massa ainda não caída. Sem dúvida nenhuma é extranho ver justiça nessa perspectiva, mas, se pudermos chamar isso de justiça, então poderemos chamar um triângulo de círculo sem prejuízo algum. (Um abração aos meus amigos nominlistas/voluntaristas).

          – No calvinismo infralapsariano, onde Deus seleciona os eleitos a partir da massa caída, a perspectiva parece mudar de figura (mas só parece). Eu poderia concordar facilmente que se todos pecaram (sem necessidade decretiva) então Deus é justo em condenar a todos e não seria injusto em selecionar apenas alguns (opa, até parece um calvinista falando, não?!), muito embora, se ele salvasse só alguns podendo salvar incondicionalmente a todos, sua bondade e amor estariam em dúvida. Mas voltando ao ponto, minha concordância vai até o momento em que olhamos para a causa do pecado humano. Se Deus decretou, causou, governou, dirigiu minuciosamente cada ato pecaminoso do homem, então que sentido há em jogar a culpa do pecado no homem? Condená-lo (o homem) é sem dúvida injusto considerando o conceito de justiça expresso na palavra e nos valores morais objetivos com os quais fomos dotados (que remontam ao próprio Deus).

          – A salvação, sob a condição de fé, não é injusta. Obviamente, por causa da natureza pecaminosa, ninguém nasce capaz de ter fé. Mas Deus, que é rico em misericórdia e que não faz acepção de pessoas, está disposto a doar a fé a todos os homens, basta não resistí-lo.

          Paz

          .

  8. Wow! o/ Isto sim é Romanos 9. Excelente explanação dos irmãos acerca do capítulo e do argumento de Paulo. Realmente esta perícope precisa ser lida no bloco dos capítulos 9 a 11, sendo que de maneira geral o cap. 9 trata da eleição de Israel, o 10 da rejeição de Israel e o 11 da restauração de Israel.

    Também gostei muito do que o Samuel falou sobre Rm 8 que um gentio poderia levantar a questão que se Deus não cumpriu sequer as promessas com Israel, seu povo eleito, por quê cumpriria com eles. Além do que gostei do esclarecimento de que o capítulo em destaque fala da responsabilidade humana sim a partir do verso 30.

    Além de tudo eu destacaria que a palavra no grego para odiar (ou aborrecer) tem um sentido de amar menos, pois Lucas utiliza a mesma palavra para definir uma fala de Jesus:

    “Se alguém vier a mim e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda
    também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo.” (Lc 14.26 ARC)

    Jesus não pode ter afirmado que deveríamos odiar pai e mãe no sentido como conhecemos a palavra hoje, mas sim no sentido que Lucas retrata no grego, ou seja, amar menos. Caso contrário Jesus não teria cumprido a lei inteira, afinal teria nos afirmado a quebrar o quinto mandamento

  9. sendo que Paulo ainda diz que este é o primeiro mandamento com promessa (Ef 6.1-3).

    No demais creio que o tema e a discussão foi ótima e espero mais temas como este. Efésios 1 mesmo seria ótimo para discutir a eleição da Igreja. E ainda aguardo o BTCast sobre o John Wesley haha.

    Concluindo, fiquem na paz, irmãos. Estou orando por todos vocês!

  10. Excelente cast!

    Formei minha opinião a respeito desse tema ao longo dos anos estudando a Bíblia por conta própria e até pouco tempo desconhecia os termos Arminianismo e Calvinismo. Não me faziam falta. Após conhece-los, obtive maior aprofundamento, mas minhas ideias pouco mudaram. Particularmente tendo muito mais para o Arminianismo. Para mim, a maioria dos argumentos do Calvinismo “não descem”, embora alguns deles sim. Na minha cabeça tenho esse assunto bem resolvido considerando colocações dos dois grupos, mas tenho vontade de fazer um estudo detalhado e colocar no papel as minhas ideias. Quando fizer isso, provavelmente calvinistas e arminianos rejeitarão minhas colocações, justamente por insistirem em rejeitarem tudo que se relacione de forma harmoniosa com as ideias do outro grupo. Eu sinceramente fico de saco cheio de ver a briga que rola por causa desse assunto. Independente de minhas convicções, me recuso a levantar uma bandeira defendendo ferrenhamente qualquer time. Sou servo de Cristo e isso é tudo que realmente importa.

    Deus nos ensine a seguir a paz com todos.

    1. Boa, concordo plenamente contigo Cristiano, sou cristã acima de tudo! Precisamos discorrer entre as duas doutrinas sem essa briga toda! Sou como você, desconhecia essas doutrinas até pouco tempo, mas no meu caso, o calvinismo deu nome a doutrina que eu já seguia, mas não fico nessa treta maligna com os arminianos, não fiquei enjaulada, tentando fazer todos aceitarem as doutrinas de Calvino, até pq homens erram, mas a Palavra é a única verdade infalível. Paz 😀

  11. Quando Bibo falou em caviar nos recados me lembrei da musica do Zé Pagodinho kk. MUITO ARMINIANOS ACREDITAM NA PERSEVERANÇA DOS SANTOS! INCLUINDO O PRÓPRIO ARMINIO. Eu sei que tem muito Calvinista chato, mas ñ é os calvinista que causam divisão nas igrejas em que tem o conhecimento da teologia. Mas a tão fraca teologia moderna das igrejas brasileiras, que é na verdade cheia de métodos com pouca base BÍBLICA, QUE LEVA CRISTÃOS A TEMER A VERDADE QUANDO CONFRONTADOS POR ELA.

      1. mas aí é obvio irmão a questão de perseverança dos Santos para um Arminiano e para um Calvinista é diferente. recebi esse dado de um podcast do 2 em 1 sobre o mesmo assunto e do Clóvis Gonçalves que sigo no face e tá lendo a biografia dele, bem esse link certamente deve ser estudos dos discípulos, deles que as vezes causa conflitos de informações.

        1. Welber,

          Conforme eu já disse antes, a opinião de que Arminius cria na possibilidade da
          apostasia é defendida pelas maiores autoridades no assunto, isso inclui o calvinista Dr. Richard Muller, William Den Boer, Keith Stanglin e Thomas McCall. Procure na Amazon e você vai encontrar as obras desses professores. O link que eu postei antes é uma tradução da obra “Jacob Arminius: Theologian of Grace”, de autoria dos dois últimos autores que eu citei.

          É bem verdade que Arminius foi ambiguo às vezes sobre a questão, mas seus trabalhos mais maduros e suas cartas para seus amigos mais íntimos mostram qual era o verdadeiro pensamento do teólogo holandês.

          Paz.

  12. Certas coisas são tão complicadas que mais parece uma versão dispensacionalista da soteriologia, ao invés da bíblia. Certas coisas não consegui engolir, mas aprecio a visão diferente, porém, me desculpem, não deu.

  13. Tchê, muito tri. Parabéns a participação de todos. Glória, Paulo e Samuel, foi muito legal a apresentação da(s) visão(ões) arminianas deste texto.

    Tenho curiosidade de saber até que ponto a teologia da dupla predestinação foi aceita por calvinistas ao longo da história, apesar de nunca disponibilizar muito tempo para uma pesquisa profunda. Um exemplo que me deixa intrigado é do famoso comentário bíblico de Matthew Henry: fui, um pouco
    temeroso, ler o que foi comentado para o capítulo 9 de Romanos, e me impressionei ao perceber que ali está clara e totalmente descartada a ideia de dupla predestinação. Tudo bem que não foi Henry quem comentou de Romanos à Apocalipse (por ter morrido antes), de ele mesmo não ser renomado como uma profunda fonte exegética e de seu comentário não ter fins de pesquisa textual, mas acho que vale a observação que seu trabalho foi continuado por prováveis calvinistas, muito possivelmente pastores da igreja presbiteriana britânica assim como ele e, como tal, poder-se-ia esperar até mesmo um calvinismo ferrenho. Não encontrar isto, para mim como arminiano, fui uma surpresa muito agradável.

    Acredito que é uma boa um estudo profundo da aceitação ou não da dupla predestinação dentro dos círculos calvinistas ao longo da história, se já não existir uma obra que verse sobre isto, o que eu realmente desconheço. Desconfio do quão moderado poderiam ter sido centenas de pastores calvinistas das igrejas holandesas, suíças, escocesas e por aí vai, dos séculos passados, mais ou menos como o Bibo disse em um vídeo recente, de não saber se há mesmo algum calvinista de cinco pontos.

    Legal tocarem no assunto sobre divisão de igreja. Estarei aguardando este btcast.

  14. Mais uma vez parabéns à equipe. Gosto muito quando vocês abordam esses temas soteriológicos.
    Gosto mais ainda quando vocês falam do arminianismo, doutrina alvo de críticas e pouco estudada. Não é a toa que muitos teólogos de internet fazem acusações sem nem ter estudado o arminianismo, isto é, batem em espantalhos. Parabéns mais uma vez pelo tema. Nós ouvintes só temos a agradecer.

    Deus abençoe cada vez mais. *–*

  15. O Bibo fica aproveitando pra falar mal da galera que não ta gravando ( do Milho neste episódio), já ouvi outro episódio que ele falou mal do Alex, e outro do Mac.
    Quero ver o troco depois!! kkkkkkkkkkkk
    Brincadeira vioo Galera, só zuando aki!!

  16. John Stott faz o melhor comentário sobre o tema em seu livro Romanos: A Bíblia é para Hoje, na minha opinião. Ele é calvinista, mas faz uma análise muito parecida com a interpretação dada nesse cast.

    Recomento muito a leitura, tanto para calvinistas quanto para arminianos.

    No fim do comentário desse capítulo, ele cita Charles Simons: “Assim como as engrenagens de uma complicada máquina podem mover-se em direções opostas e mesmo assim prestar-se a um fim comum, também muitas verdades aparentemente opostas podem ser perfeitamente conciliáveis entre si, e igualmente prestar-se aos
    propósitos de Deus no cumprimento da salvação do ser humano.”

  17. Sonho: Um esqueminha, estilo infográfico, com as comparações e explicações pontuais do arminianismo e calvinismo ao decorrer do capítulo. Quase no final do episódio, fui tentar resumir o que tava entendendo e não consegui, pq a construção do meu pensamento é toda calvinista. Desconstruir a ideia que já tenho é difícil, mas estou tentando :). Preciso ouvir milhaaares de vezes.

    1. É, Talita. Alguns chamam isso de óculos. Tipo, quando um calvinista lê alguma coisa está com óculos calvinistas. Mesma coisa com os arminianos. Nesse caso é fone de ouvido, né? Rsrsrs

      Não desconstrua sua ideia, apenas tente entender os pensamentos arminianos. Entender os dois lados é fundamental. Você calvinista entendendo os arminianos é uma diferença que evita até transtornos futuros, inclusive em debates. Sou arminiano mas entendo o calvinismo, e isso faz com que eu não bata em espantalhos.

      1. Por isso que também é chamado de cosmovisão. Você passa a ver tudo que acontece ao seu redor na sua cosmovisão. Isso explica porque é tão difícil entendermos os atos de uma pessoa de outra religião. Se já é complicado entendermos as nuances da nossa própria religião, quanto mais outras. Porém, se conseguirmos entendermos pelo menos a superfície, como o Edson falou, a tolerância pode ser maior, logo, pode haver o respeito.

  18. Sobre o BTCast 128, peço licença para tecer alguns comentários e apresentar algumas perspectivas suplementares ao já brilhantemente discutido capítulo 9 da Carta aos Romanos, focado principalmente nos versos 21 a 23. Pressupostos: amor de Deus, justeza de Deus e soberania de Deus.

    “Ou não tem o oleiro direito sobre a massa, para do mesmo barro fazer um vaso para HONRA e outro, para DESONRA? Que diremos, pois, se Deus, querendo mostrar a sua ira e dar a conhecer o seu poder, suportou com muita longanimidade os VASOS DE IRA, preparados para a perdição, a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em VASOS DE MISERICÓRDIA, que para glória preparou de antemão.” Romanos 9:21-23, ARA.

    Vaso para honra e vaso para desonra:

    Consideraremos obviamente que o termo vaso é uma metáfora para indivíduos ou grupo de indivíduos.

    O vaso de oleiro tinha grande importância na vida doméstica na antiguidade. Não existiam Tupperware’s na época. Tanto as joias mais finas e caras, quanto o lixo da cozinha, eram acomodados em vasos. Neste contexto, Paulo fala de vasos para honra e vasos para a desonra.

    A palavra grega aqui traduzida como desonra é a mesma utilizada em 2 Timóteo 2:20: “Ora, numa grande casa não há somente utensílios de ouro e de prata; há também de madeira e de barro. Alguns, para honra; outros, porém, para DESONRA.” 2 Timóteo 2:20, ARA. O verso seguinte (21), mostra que o contexto é de utilidade ao evangelho. Diz que “aquele que se purifica dos erros, será UTENSÍLIO para honra, santificado e ÚTIL ao possuidor”. Parece claro que os termos “honra/desonra” se referem à utilidade do objeto, e não à condição de salvação ou perdição do mesmo.

    Se aplicarmos o mesmo raciocínio a Romanos 9:21, entenderemos que o vaso de honra/desonra está mais para a sua utilidade na missão do que para a sua condição diante do juízo divino. A moderna tradução da Bíblia de Jerusalém corrobora este entendimento: “O oleiro não pode formar da sua massa seja um utensílio para uso nobre, seja outro para uso vil?” Uso nobre; uso vil ou uso COMUM.

    Parece que há uma conotação a respeito da função do vaso. Deus em sua soberania escolhe aqueles a quem quer utilizar em sua sagrada missão de resgate da humanidade. Não pode Deus escolher alguns para desempenhar funções extraordinárias em sua obra, ao tempo em que escolhe outros para funções ordinárias? Sim. Uns para uso nobre; outros para uso comum. Lembrando que Paulo está em uma espécie de “defesa de Deus” quanto à sua justeza por eleger Israel.

    Vasos de ira e vasos de misericórdia:

    Se consideramos válido o entendimento acima, nos deparamos com um problema nos versos 22 e 23, em que Paulo cita “vasos de ira, preparados para a perdição” e “vasos de misericórdia preparados de antemão”.

    Note que Paulo já não usa mais os termos “honra/desonra”, mas “ira/misericórdia”. Talvez Paulo tenha mudado o sentido da metáfora, porém aproveitando o mesmo objeto. Talvez agora esteja fazendo (como faz no capítulo todo) uma referência ao Antigo Testamento, especificamente ao “cálice da ira de Deus”, ou seja, os juízos divinos (Isaías 51:17, Jeremias 25:14 e muitos outros). O Apocalipse de João também faz estas referências (Apocalipse 14:10, 16:19).

    Se assim for, o que está preparado para a perdição são os juízos de Deus, e não os seres que são objeto de seu amor. Nesta linha, segundo Paulo, Deus suportou (e ainda suporta) pacientemente os seus juízos sobre a humanidade. E qual o objetivo desta espera paciente de Deus? O verso 23 responde: “a fim de que também desse a conhecer as riquezas da sua glória em vasos de misericórdia, que para glória preparou de antemão.” Assim, a paciência de Deus é para que os destinatários do conteúdo do vaso da ira de Deus conheçam as riquezas de sua glória guardados em vasos de misericórdia (graça). Paulo chama o cálice da ceia de “cálice de bênção” em 1 Coríntios 10:16. O salmista em momento de júbilo diz que tomará do “cálice da salvação” em Salmos 116:13.

    Fazendo sentido a linha argumentativa acima, em sintonia com todo o sistema bíblico, parece que não há que se falar em predestinação para a salvação ou perdição, mas em um amor que a tudo suporta a fim de resgatar a ovelha perdida.

    Willian Wheeler Erthal

  19. O argumento de Paulo não se encerra em Romanos 9, mas também não se inicia lá. Romanos parece ter os seguintes propósitos: corrigir alguns boatos que tinham sido propagados, entre os romanos, acerca da teologia paulina (vide, por exemplo, o versículo 8 do capítulo 3); e solucionar certos problemas de relacionamento entre judeus e gentios. No início da epístola, Paulo coloca tanto judeus quanto gentios sob o pecado, ressaltando a necessidade de ambos de serem justificados. Ora, e como se dá essa justificação? Paulo ressalta que essa justificação se dá pela fé em Jesus Cristo, “para todos e sobre todos os que creem” (Romanos 3:22). Ou seja, não é uma particularidade só dos judeus, mas é algo que alcança todos os que creem. Visto isso, Paulo antecipa, no capítulo 9, o questionamento de um judeu que pudesse estar lendo a epístola: “Paulo, já que a justificação é pela fé, e não pela ascendência ou pelas obras da lei, e visto que muitos judeus não tiveram fé em Jesus Cristo, tem-se então que muitos judeus não foram justificados! E, se é assim, Deus mentiu a Israel, já que ele disse que o amava com amor eterno (Jeremias 31:3). Como pode Deus não justificar alguém a quem ele disse amar com amor eterno? Deus não é injusto para conosco, ao exercer sua misericórdia não com base na ascendência ou na observância da lei?” É então que Paulo mostra que Deus não deixou de amar a Israel, já que “nem todos os que são de Israel são israelitas” (Romanos 9:6). Ademais, Paulo aponta para o fato de que Deus é totalmente livre e soberano para escolher os termos em que a sua misericórdia seria exercida. E ela não seria exercida com base na ascendência ou com base na observância da lei, como os judeus esperavam, mas sim com base na fé! Paulo mostra, em Romanos 9, que, desde o início, o plano de Deus era a justificação pela fé, e não por outros critérios. Excelente BTCast! Um abraço a todos os meus compadres arminianos!

  20. “Preparados para a Perdição” Preparados – Adequados / Perdição – ?? procure no Original hahahaha
    APOLEIA – destruição que consiste no sofrimento eterno no inferno.

    1. Olá Gustavo,

      Você está certo que o termo destruição (apoleia) significa, considerando o contexto, destruição. Mas isso não diz nada sobre quem preparou os vasos ou sobre o significado do termo “preparados”.

      Vou aproveitar a oportunidade para citar aqui a opinião de C. H. Cranfield sobre o trecho “preparados para destruição” (Comentário de Romanos Versículo por Versículo – Charles E. B. Cranfield. Ed Vida Nova, p. 223):

      “E a expressão, à primeira vista apavorante, “preparados para a destruição”, enquanto, sem dúvida, sugere que os envolvidos
      são dignos de destruição, não envolve que hão de ser necessariamente destruídos. Uma comparação cuidadosa entre o grego desta expressão e o grego da oração relativa, “que ele preparou de antemão para a glória”, no versículo 23b mostra que
      o pensamento da predeterminação divina, embora receba ênfase extremamente forte na segunda, não está claramente expresso de modo absoluto na primeira. Parece provável que Paulo deseja aqui dirigir a atenção simplesmente para a condição
      dos vasos, prontos, maduros, para a destruição e não para algum ato, quer de Deus, quer deles mesmos, em virtude do qual a condição foi efetuada”

  21. Galera, vcs chegaram a fazer esse podcast sobre o q a Glória falou: de igrejas arminianas e grupos pequenos calvinistas que causam divisão, mas o contrário não acontece?

  22. Minha esposa diz que “Hu-rum” (ou Ã-ham) não é expressão para a ser considerada em um diálogo: ela precisa ouvir o Bibotalk!

  23. Boa noite. Muito interessante tratar sobre esse assunto, parabéns pela iniciativa. Tenho uma dúvida: como podemos conciliar a visão arminiana, que tem por premissa a liberdade de escolha de um indivíduo para a salvação (livre-arbítrio) e que tão claramente nas Escrituras está expressa que a salvação é mediante a FÉ em Jesus Cristo (e nisso ambos concordam com as Escrituras), como conciliar com a passagem em Efésios 2:8-10 que diz “Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus; não de obras, para que ninguém se glorie. Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”? Se esse DOM não origina em nós e não é promovida graças às nossas obras, como o ser humano pode ter algum poder (mesmo que limitado) para decidir crer ou não? Se é DOM de Deus não é Ele quem decide dar a fé ou não dar ao indivíduo? Se Ele dá a fé para alguém (ou não) logo não se compreende que o livre-arbítrio do indivíduo para a salvação parece inválido ou sem sentido? Ainda em Efésios também diz que todos nós estávamos MORTOS espiritualmente em delitos e pecados, então como que mortos podem decidir viver pela fé por conta própria ou seja, mediante o livre-arbítrio? Podem me ajudar a compreender a visão arminiana sobre estas questões? Me pego em conflito em compreender essa vertente porque se Deus é soberano como a Bíblia ressalta e como todos nós cremos, como que podemos associar na questão da salvação, Deus não sendo soberano? Pois se há livre-arbítrio na nossa salvação então, não seríamos cooperadores da mesma junto com Cristo (o que é improcedente e indevido pensar)? Também não poderíamos pensar que a soberania de Deus não seria tão plena assim pois Ele estaria limitado a agir somente mediante a escolha de pessoas (mortas em pecado, logo incapazes de discernir e decidir sobre a salvação) ESCRAVAS do pecado? Me ajudem a entender? Obrigada.

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