Os Falsos Prazeres Litúrgicos

O grande erro da “igreja midiática” – ou um dos – é tentar fazer uma associação dos prazeres da carne com os prazeres espirituais. Veja, não há nada de errado em andar de skate, dançar ou escutar uma música e sentir prazer nessas coisas. O problema é que quando trazemos isso para o contexto do […]



18 de setembro de 2015 Bibo Reflexões

O grande erro da “igreja midiática” – ou um dos – é tentar fazer uma associação dos prazeres da carne com os prazeres espirituais.

Veja, não há nada de errado em andar de skate, dançar ou escutar uma música e sentir prazer nessas coisas. O problema é que quando trazemos isso para o contexto do culto que prestamos a Deus, sobretudo o culto público, o inevitável acontecerá, a saber, que essas coisas estão – supostamente – preenchendo positivamente o coração das pessoas, deixando-as maduras, tal como o que se pode conseguir com oração, leitura da Bíblia e outras disciplinas verdadeiramente bíblicas.

Não vamos confundir com o fato de que podemos fazer as coisas, qualquer coisa, para a glória de Deus, podendo ser espirituais nas coisas mais triviais, como quando estamos praticando algum exercício, por exemplo. Não, essa não é a questão.

O ponto é que, primeiro, as pessoas de hoje em dia, principalmente a juventude atual com todos os estímulos próprios da nossa época, simplesmente não conseguem encontrar prazer naquelas disciplinas verdadeiramente espirituais que citei anteriormente.

É um engano, pois é possível estar plenamente satisfeito em Deus, o que nos leva ao segundo ponto, a saber, que não conseguiremos e sentiremos isso das mesma maneira como alguém que pula de paraquedas para sentir a adrenalina, ou como quando se bebe uma boa garrafa de vinho para ficar alegre e esquecer dos problemas.

Assim, orar e ler a Bíblia não precisa – e nem deveria – ser um fardo. Agora, não pense que o mesmo prazer que temos ao assistirmos ao nosso seriado de tv favorito será o mesmo prazer de ter que dobrar o joelho, pelo tempo que for, para se deleitar em Deus em um momento de oração. Isso jamais acontecerá.

Longe de querer ser dualista, apenas estou clareando as coisas e colocando os “prazeres” em seus lugares. Lembremos que o entretenimento, de maneira geral, é algo criado pelo homem e para o homem, não levando Deus em consideração. A natureza daquele é carnal, já a dos meios de graça, espiritual.

O prazer do entretenimento é imediatista e visa o passageiro, o presente momento. O prazer nas coisas de Deus é progressivo e visa a eternidade. O entretenimento exige de nós tão somente uma atitude passiva. As coisas de Deus exigem de nós labuta, diligência e disciplina, trabalhando em conjunto com o Senhor sabendo que é dEle tanto o começo como o fim do prazer santo.

Jogue videogame, vá ao cinema ver um blockbuster ou curta uma praia. Leia um best-seller de ficção, pratique capoeira ou junte uns amigos para uma partida de RPG. Se nada disso entrar em conflito com as Escrituras, então os faça pela fé e para agradar ao Senhor.

Mas lembre-se, o que é possível obter nas páginas de uma Bíblia e/ou num momento a sós com Deus não é exatamente o que satisfará a sua carne, mas pode proporcionar alegrias indizíveis no Senhor.

Mauricio Mac Machado.