O que é representatividade? Quais são as tendências culturais e impactos sociais de uma representatividade cada vez maior e abrangente? Afinal, representatividade importa??? E por fim, o que o cristão tem a ver com essa discussão?
Abner Melanias convida Bianca Rati (Projeto Redomas) e Glória Hefzibá (BTCast) para tentarmos responder estas e outras questões.
Além disso, durante todo o papo, você ouvirá algumas SONORAS da entrevista que fiz com Denis Pacheco do SpoilersTv
1, 2, 3, COMEÇOU!!!
Arte por Marcelo Nakasse
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Parabéns Abner, um cast totalmente relevante nos nossos dias e a participação da Glória (renascendo para os casts haha) e da Bianca foi sensacional!!! Parabéns !!
Abraço do Vitão!
Contraponto e SpoilersTV juntos é muito amor!
A tia do Emmy tb concorda @disqus_R326q6XWeR:disqus 😉
Pontuador atrasado,mas se apresentando.Baixando.
Comentando…. rsrs
Glória sendo Glória!! hahahaa
uma glória!
Vou pegar esse trecho específico da Glória.
“Por mais que eu não vote em um ministro, porque o ministro não é um cargo eletivo, mas se existe uma mulher entre os ministros, nós sabemos que existe uma pessoa que está partindo do ponto, ou tem a perspectiva de uma mulher, então ali existe representatividade e representação por causa da forma, mas se você coloca na secretaria das mulheres, um homem chefiando, existe representação, porque está legitimado pela forma, mas não existe representatividade, ele não está legitimado pelo conteúdo.”
Meu problema com esse raciocínio é a uniformidade inevitável que ele proporciona.
Representatividade é muito mais que ter em comum características físicas de determinado grupo. Seja cromossomos, cor de pele, ou origem étnica.
Obviamente, que nesse exemplo citado [o do ministro], há muito mais probabilidade de encontrar uma mulher que atenda esses requisitos, do que um homem, contudo, só o fato de haver uma mulher na secretaria das mulheres, ainda não é garantia de que haja representatividade.
Representatividade tem muito mais a ver com compartilhar ideais, sofrimentos, ter noção de vivência e conexão ao ambiente de seu grupo.
Há negros que nunca foram discriminados, mulheres que nunca sofreram abuso, gays que nunca se sentiram excluídos, ou imigrantes que nunca foram explorados.
Inclusive, em nosso país, encontramos alguns indivíduos que evidenciam o contrário: Existem mulheres machistas, negros racistas, etc.
Como é possível que estes possam representar alguém, apenas por serem o que são?
O reducionismo cai nos estereótipos que tanto tentamos evitar.
No final das contas, eu concordo com a Glória numa coisa:
“Uma coisa não exclui a outra. Seria melhor se houvesse representação e representatividade”
Seria mesmo. O ideal, inclusive.
Só compreendemos representatividade de formas diferentes.
Abraços.
Mas essa representatividade não é meramente uma questão de características físicas — e nem eu afirmei isso. É questão de viver o que certos grupos vivem, de conhecer de perto a realidade. Infelizmente, muitos dos casos têm a ver com características físicas, sim. Não se pode conhecer o que é ser indígena sem ser indígena, e ser indígena inclui características físicas, sem se limitar a isso.
Eu não disse que isso bastava para a representatividade, mas sem isso não há representatividade.
Eu me permiti não dar maiores explicações já que a conversa não é feita só por mim, e eu acredito que o conjunto deixou tudo isso claro.
Então podemos nos considerar em acordo 🙂
Olá Glória, quando voltas ao Btcast? Estou sentindo sua falta. Falta presença feminina nesse bagaça!!
Obrigado @erlantostes:disqus por apresentar seu contraponto, mano!
=D
Amei conversar contigo, Abner, e com a (maravilhosa) Glória e achei que o programa ficou ótimo! Obrigada pelo convite!
Representatividade importa e muito! 😉
Seria impossível ter ficado ótimo sem vcs!!!!
brigaduuuuuuuu @biancarati:disqus
Muito bom o episódio. Bem interessante o papo, principalmente os pontos apresentados. Prefiro não opinar nesse, pois ainda reflito sobre isso hehehe
Abraço
EddieTheDrummer (PADD)
E eu que ainda tô refletindo @eddiethedrummer:disqus ?! rsrsrs
Procurei votar em mulheres na última eleição. Sei que isso ñ vai mudar o mundo , mas creio que elas vão ter mais sensibilidade para conduzir o país. E sobre outra questão eu ñ levo como padrão, a minha experiência negativa com a liderança eclesiástica feminina. Até porquê gostaria de ver aqui no Igrejas lideradas por mulheres levando uma Palavra Bíblica. E o Último Contra ponto do ano né Abner? Q pena…
Poxa @welbermartins:disqus muito equilibrada a sua colocação quanto ao tema, obrigado.
Gostei muito do tema, dos convidados, do papo e como cristã me senti representada.
Voltando no assunto da representação na mídia, se ela é meramente publicitária, os representados que geralmente são excluídos estão lá apenas para atrair mais público, mas de alguma forma eles se sentem representados, os fins justificam os meios? Por exemplo, vamos colocar uma mulher nesse filme, porque assim mais mulheres vão ao cinema e elas vão comprar os bonequinhos do filme e consequentemente gerar mais lucro. Eu queria saber do Abner, porque as meninas deixaram um pouco claro o ponto de vista delas.
Então @disqus_nDncawVWVb:disqus eu concordo com o Denis nesse ponto… talvez não mude agora, talvez não tenha efeitos nesta geração, mas só de pensar nas transformações que poderão vir disso…
Bem, fico feliz que vc tenha curtido o papo. Obrigado pela contribuição!
Ao ouvi-los lembrei do “mundo como representação” de Schopenhauer, me parece interessante não perder de vista este aspecto da representação como uma elaboração à posteriori.
A cultura (e aqui entra também a política) é esta construção coletiva da qual não conseguimos escapar, até quando falta representação há um desenvolvimento simbólico implicado.
A relevância da discussão é justamente o dar-se conta deste jogo. E, ao meu ver, é salutar buscar participar dele ativamente. Muito obrigado.
Me senti muito representado na fala da @gloriahefziba:disqus e da @biancarati:disqus .
Abraço a todos.
SHOW @alexandreferreirasantos:disqus … muito legal quando vc coloca o lance de “dar-se conta deste jogo”… as vezes, perde-se essa noção e passamos a discutir questões aleatórias dentro do tema.
Muito bom. Muito bom!
Abração e obrigado por sempre comentar!!! =D
Sim @jonatascd:disqus é cada vez mais complicado seguir pessoas, deixar-se influenciar por elas…. e essa sua pergunta sobre “a pública cristã que me representa” precisa ser respondida, né?!
A @gloriahefziba:disqus MITA sempre, rsrsrs
Obrigado pela contribuição, mano!
Sim @disqus_fiZtbykTld:disqus, Vitão, queria abordar o tema com uma perspectiva empática e não combativa, acho que rolou…
Abração! Obrigado por estar sempre com a gnt!
@silvanaoliveiraesilva:disqus primeiro, obrigado pelo comentário e pontuações. Muito oportunas, na vdd.
Sobre as questões que vc colocou, “fiscalização” e “participação” não são excludentes, podem coexistir. Mas é claro que não tb não pretendo responder e sim, continuar a conversar sobre…
Quanto a questão das “Caça-fantasmas”… criticar sem ver é de uma burrice… que, bem, queria que todo mundo que faz isso ouvisse o “a morte da crítica”, rsrsrs
ObrigadÂO
Pois é…. Mas o grupo do “não vi e não gostei” é razoavelmente representativo hahah
Que bom saber que vc achou incrível @willianrochadel:disqus … ah… falta 1 ep pra fecharmos a temporada!
Não ficou confusa a sua colocação, não. Entendi e achei interessante seu ponto.
Poxa @maurciovalim:disqus eu queria mesmo que houvesse mais “bom senso e amor” no mundo e na produção cultural, mas né?!rs
Muito boa sua colocação sobre a encarnação dos papéis/personagens… dá um bom combustível para novas discussões.
Obrigado pela contribuição e seu contraponto!
Um tema que me surpreendeu bastante e foi muito bem argumentado, em sua maior parte, mas tenho que fazer meu “contraponto” às falas da Glória e da Bianca.
– Achei a pergunta do Abner totalmente pertinente, sobre como o cristão deve agir numa sociedade extremamente plural e que quer representar todos os matizes da sociedade. Mas ela não foi respondida! Ao contrário da Glória, creio que existe, SIM, uma cultura cristã, pois se não fosse isso, os cristãos mais diferentes possíveis não se reconheceriam no mundo todo. Ela só não se limita a diferenças culturais, como foi bem defendido pelas duas, e nisso eu concordo. Porém a pergunta do Abner, creio, era sobre como deve ser um agir cristão frente, por exemplo, uma minoria gay que quer ser tratada como maioria (peguei um exemplo). Não sobre culturas, mas sobre uma “tribo” que representa um pecado, por exemplo. Um grupo africano qualquer que tenha na sua cultura matar crianças, outro exemplo. Devem ser respeitados ou porque não poderiam ser mudados?
– A questão do porque a bíblia não foi traduzida por mulheres, particularmente, achei muito “nada a ver”. Não é isso que deve ser questionado, mas, sim, a sociedade em que tal bíblia foi traduzida, e nesse aspecto, creio que não faria diferença, pois o “espírito da época” englobava a todos. Discutir isso é como perguntar: Porque Jesus não escolheu nenhuma mulher como apóstolo? Ou porque não havia nenhuma mulher entre os valentes de Davi? Entendem! Na nossa época, isso seria possível, uma mulher traduzir a bíblia, mas naquela época, não. E mesmo sendo possível hoje, porque não apareceu nenhuma até agora? Seria perfeitamente aceitável, mas isso não faria diferença, porque o escrito não é opinião, é uma tradução de um mesmo pensamento. Mesma coisa do pastor branco de classe média, o que achei uma afirmação bem equivocada, pois temos muitos pastores negros, principalmente em “igrejas negras”, como se falou, mas a cor da pele, do mesmo jeito, não seria uma representatividade porque o pensamento seria o mesmo, o “espírito da essência” do assunto é o mesmo para brancos ou negros, que é o cristianismo. O que está sendo representado, então, é a cor ou o conteúdo (como a Glória falou no início)?
– Também não vou concordar com o ponto falado que o representante deve ser um membro efetivo do grupo representado. Exemplo: o missionário da Índia que acabou com o sacrifício das viúvas dos indianos mortos. Ele não era mulher, muito menos viúva, e não era indiano. Mas representou bem a classe e acabou com esse hábito no país. Claro que existem muitos outros exemplos.
– Achei que às vezes, confundiu-se o “comum” com “normal”. Diferenciar isso como cristão é muito importante. Ficou uma ideia, aos 32 min, que, por exemplo, se eu não acho normal um comportamento homossexual, então necessariamente eu tenho preconceito. (uso o exemplo dos gays por ser algo em voga) Discordo absolutamente disso! Um comportamento homossexual pode ser comum, mas não é normal de uma perspectiva cristã. Mas nem por isso eu vou deixar de respeitá-lo. É uma coisa lógica. Isso vale pra qualquer grupo que represente um comportamento que seja considerado pecado pela bíblia.
Bom, esse foram os contrapontos. No geral, gostei muito do episódio, como sempre! Os temas são sempre relevantes.
Fala @VitoPaiva:disqus obrigado por apresentar seus pontos e contrapontos.
É uma forma de ampliar a discussão que iniciamos no podcast.
OBRIGADO!!!!
Sobre o ponto do “comum” e o “normal”. Não quero que fique com a ideia de que por vc não achar “normal” um comportamento homossexual ou a questão de ter ou não preconceito é bem subjetiva nesse caso…
Para adicionar, por acaso terminei de ler “Fahrenheit 451”, de Ray Bradbury, um livro de ficção científica (tá mais pra uma distopia) escrito em 1953; e no final do livro foi colocado um extra, de um comentário do autor, exatamente sobre esse ponto da representatividade nos livros. Naquela época, com o feminismo e a luta racial muita em alta nos EUA havia muita crítica com autores de livros ou peças de teatro ou qualquer coisa que não tivesse uma mulher ou um negro ou qualquer coisa do tipo, e queriam até mudar os textos ou proibir a representação em teatros ou cinemas porque não tinham uma representatividade mínima das “minorias”. Proibiram até uma peça do autor porque não havia mulher nela e ele comparou co as peças de Shakespeare, que teriam que ser reformuladas porque todas as falas boas estão com os homens. Ele fala:
“Pois este é um mundo louco e ficará mais louco se permitirmos que as minorias – sejam elas de anões ou gigantes, orangotangos ou golfinhos, adeptos de ogivas nucleares ou de conversações aquáticas, pró-computarologistas ou neo-ludditas, débeis mentais ou sábios – interfiram na estética.”
Guardadas as devidas comparações e proporções de épocas, me pergunto se, às vezes, não é o que está acontecendo com o mundo hoje, com essa ânsia de ver todos representados, caso possamos substituir a “estética” por política, cinema, religião ou qualquer outra coisa e trocarmos algo bom por um duvidoso só porque a representação é necessária. Só um pensamento.
super bacana a idéia.. gostaria de comentar sobre a questão da “cultura cristã” acredito que CRISTO não criou uma cultura cristã, mas um estilo de vida e com isso ele age da forma que ele quer e com quem ele quer, por isso todas as vezes que nós deixamos isso de lado e começamos a fazer as coisas da nossa forma acabamos descriminando uns e outros ai no final acaba tendo esse problema acredito que quando apredermos a viver em comunidade respeitando um aos outros e procurando o que DEUS quer de nós, conseguiremos ouvir a todos e entender a necessidade do outro pq olharemos o outro como irmão e não como mais um, ou seja ouviremos a todos e isso deve começar em cada um de nós, seja no trabalho, em casa, na escola, eu não vou ficar revoltado pq na politica não tem um negro ou uma mulher eu vou orar para que quem estiver la esteja por qualidade e capacidade e possa fazer um bom trabalho para todos e isso serve para um comercial de tv e etc..