Jesus em vários momentos dos evangelhos fala sobre a insistência da oração. Ele conta por exemplo a parábola de um amigo que insiste na porta até o outro amigo abrir, mesmo sendo inconveniente ele tá lá batendo na porta. E ele insiste porque sabe que esse amigo pode ajuda-lo (Lucas 11:5-8). Jesus usa esse exemplo pra falar “insista em oração com Deus” porque se você insiste na oração com Deus é porque reconhece que Ele é o único amigo que vai abrir a porta pra você.
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Na história de Marcos 7 nós temos o caso da mulher siro-fenícia. A mulher vai lá incomodar Jesus que já foi pra Tiro e Sidom pra descansar. E chegando lá, a mulher vai até ele dizendo: “Senhor, livra minha filha do demônio, expulsa esse espírito maligno da minha filha”. Jesus dá uma resposta anticlimática pra ela: “Querida, eu vim aqui pra alimentar os meus filhos primeiro”. Ou seja, Jesus tinha claro que o ministério dele era para os judeus, mas ela insiste e diz: “Mas os cachorrinhos se alimentam da migalha que cai da mesa dos filhos”. Ou seja, ela reconhece o papel dela nessa história. Ela sabe que ela é o cachorrinho, que ela não pertence ao povo de Israel, mas ela entende que só o Deus de Israel é que pode liberta-la. De que somente Jesus de Nazaré, aquele que veio para os seus, é o único que pode ajuda-la. Enfim, tem a parábola do juiz iníquo, tem uma série de parábolas e textos nos evangelhos como também nas cartas de Paulo que nos falam da insistência na oração.
E eu fico pensando no que eu tenho insistido com Deus em oração. O que você tem insistido em oração? O que tem feito você dobrar os seus joelhos e insistir com Deus?
É interessante que eu tenho feito isso ultimamente na minha vida, eu tenho feito essa insistência com Deus por conta de algo, de uma direção, de decisões que eu preciso tomar na minha vida. Mas é engraçado que fazia tempo que eu não insistia com Deus em alguma coisa, e isso é preocupante porque se a gente não tá insistindo com Deus em alguma coisa (e eu tô falando de mim, não tô julgando a sua vida não) é porque a gente tá meio genérico. Às vezes a gente tá tão “no flow”, tá tão no fluxo e vai fazendo as coisas… e claro que Deus tá abençoando, a gente tá fazendo a obra Dele. Mas chega uma hora que até as nossas orações ficam meio genéricas.
E é triste quando a gente cai no genérico, e eu não quero isso pra minha vida, nem pra sua. Eu não quero oração genérica, eu quero insistir com Deus por coisas que glorifiquem o seu nome. Quero orar pela igreja com o mesmo amor e paixão que Paulo orava pelas igrejas. Quando eu vejo Paulo orando em Éfeso, LEIA, em vários momentos ele interrompe seu discurso com orações. Então eu quero isso pra minha vida, eu quero insistir com Deus.
Primeiro: Tiago Cavaco escreve em Milagres do Coração sobre a mulher siro-fenícia e diz uma coisa muito legal: “a mulher não diz: Senhor, dá-me o que mereço com base na minha bondade, mas dá-me o que não mereço com base na Tua vontade”. Isso muda todo o aspecto da oração. Eu insisto com Deus por causa da bondade dele, não por causa da minha. Outro trecho: “se eu me estimar contra o que Jesus quer para mim, naturalmente faço da minha autoestima uma vaidade. Muitas vezes queremos Jesus como um meio de atingirmos um desejo para nós. Desejo esse que alimentamos a partir de outra fonte que não Ele”
Que a nossa fonte seja Jesus, que as nossas orações fluam daquilo que Jesus está fazendo em nós e daquilo que ele quer fazer através de nós. Que Deus nos abençoe!