Espada ou Curativo

Uma das séries que mais me emocionou e empolgou nos últimos anos foi LOST. Não foram só os mistérios da ilha que me chamaram atenção, mas os dramas e descobertas de cada personagem me cativavam e me faziam querer saber o desenvolvimento dessa história. Dentro dessa perspectiva, é na primeira temporada que temos os flashbacks […]



15 de setembro de 2012 Bibotalk Reflexões

Uma das séries que mais me emocionou e empolgou nos últimos anos foi LOST. Não foram só os mistérios da ilha que me chamaram atenção, mas os dramas e descobertas de cada personagem me cativavam e me faziam querer saber o desenvolvimento dessa história.

Dentro dessa perspectiva, é na primeira temporada que temos os flashbacks dos protagonistas que acompanhamos em cada episódio. Esses flashbacks além de nos revelar um pouco da vida de cada um, nos mostram o porquê ele/a está agindo dessa maneira na Ilha, o porquê reage dessa forma ao ouvir determinada frase ou conceito a seu respeito. 

Geralmente, essas reações na Ilha eram fruto de alguma palavra dura que ouviram, ou  de alguém que amavam ou consideravam importante. Vejamos, temos a patricinha que ouviu que nunca faria nada importante na vida, o roqueiro viciado que nunca cuidaria de ninguém, etc. Cada flashback visa explicar as atitudes na Ilha, e geralmente essas ações, são reações ao que ouviram ao longo da vida.

Nessa primeira temporada pensei sobre o poder das palavras[1]. Veio-me a mente alguns versículos de Provérbios e o quanto nossas palavras podem levantar ou derrubar alguém num momento delicado da vida, ou numa discussão. Elas podem ser conforto ou cacetada.

Vejamos algumas declarações de Provérbios (NVI):

 “A boca do justo é fonte de vida, mas a boca dos ímpios abriga a violência.” – 10.11;
Com a boca o ímpio pretende destruir o próximo,…” – 11.9;
Há palavras que ferem como espada, mas a língua dos sábios traz a cura[2]” – 12.18;

Existem muitos outros versículos na Bíblia nos orientando a esse respeito, mas creio que esses de Provérbios já bastam para nos deixar bem claro, que nós, justos em Cristo, somos convidados a fazer de nossas palavras medicina para os que precisam e não espada que ofende e mata. Em nossos relacionamentos as palavras fazem toda a diferença, constroem ou destroem. E como diz o ditado: “palavra falada é como pedra atirada, não volta mais”.

Por isso, volta e meia, preciso me lembrar (ou ser lembrado) dessa realidade do poder das minhas palavras, e pedir ao Senhor que me ajude a “dar resposta apropriada [porque] é motivo de alegria; e [ter um] bom um conselho na hora certa!” – 15.23.

Me ajude a pensar mais sobre esse assunto nos comentários. Forte abraço!

 


[1] Deixo bem claro que não penso em poder das palavras no sentido apresentado por Don Gossett  em seu livro Há Poderem Suas Palavras.

[2]mas a língua dos sábios é medicina – ARA.