Como descobrir mentiras na internet

Adão e Eva trataram bem de começar a tradição da mentira. Como ainda não havia internet, eles o fizeram verbalmente. Desde então pessoas usam seus discursos para falar inverdades. Tenho a impressão de que o próprio ato de falar já implica em alterar os fatos. É “quem conta um conto” que “aumenta um ponto”, como […]



13 de julho de 2017 Alex Blog

Adão e Eva trataram bem de começar a tradição da mentira. Como ainda não havia internet, eles o fizeram verbalmente. Desde então pessoas usam seus discursos para falar inverdades. Tenho a impressão de que o próprio ato de falar já implica em alterar os fatos. É “quem conta um conto” que “aumenta um ponto”, como diz o ditado. Eu diria que quem “escreve um conto” não está livre de “aumentar um ponto”. Isto ainda mais hoje, onde temos nos comunicado mais por textos em redes sociais.

Se a imprensa facilitou que a informação fosse registrada e distribuída, a internet fez isso numa escala maior. Algo que eu publico num site qualquer (também numa rede social) fica imediatamente disponível para alguém no outro lado do mundo. E a pessoa nem precisa conhecer minha língua – os tradutores automáticos ultrapassam esse obstáculo.

As redes sociais apenas facilitam e permitem a ‘viralização’ da mensagem. Isto é, o que eu escrevi tem “capacidade” de se propagar rapidamente. É como se meu texto tivesse vida própria. Mas não há autonomia de fato. São as pessoas que reencaminham e-mails, que compartilham mensagens no Facebook ou no WhatsApp e os seus grupos.

Filtre o conteúdo que você consome

É aqui que reside o problema. Nos faltam filtros! Acreditamos na credibilidade de quem nos enviou uma mensagem, e aí nem desconfiamos de que aquela informação pode ser falsa. Ou então lemos uma notícia que nos afeta diretamente (pro bem ou pro mal). Assim, sem nos darmos conta, compartilhamos o que não pode ser verdade. Propagamos mentiras.

Crie uma consciência crítica

Se a mentira for descoberta você terá que lidar com o julgamento pelos outros, com a vergonha de ter espalhado uma mentira. Porém se você for cristão a situação é bem mais grave.

Sua mentira ofende o nosso Deus. Ele é santo e não tem nada a ver com a mentira. Estamos pecando, e talvez até levando outros a pecar. A isto se soma a forma como afetamos a igreja de Cristo (e o próprio nome de Cristo) quando as situações são descobertas. Passamos por mentirosos e já sabemos que todos os ‘crentes’ vão levar por tabela. Aqueles que se anunciam como portadores do Evangelho da Verdade passam a ser associados com a mentira.

Identifique o “potencial de mentira”

Precisamos tomar cuidado, e mais cuidado ainda com aqueles que ainda não tiveram essa experiência magnífica do novo nascimento. Se não somos mais da carne, mas do Espírito, que seja o Espírito Santo, e não a carne, a nos levar a analisar as informações que chegam até nós. Pergunte a você mesmo qual o potencial de mentira do que você está lendo:
● A mensagem contém erros de ortografia, concordância ou falta de lógica?
● Chama claramente à propagação da mensagem?
● Faz avisos como “passe para 5 pessoas ou então…”?
● Dá informações sem citar nomes, fontes ou locais?
Se você respondeu “sim” a uma ou mais perguntas, então tem tudo para ser notícia falsa, ser um boato, uma mentira!

Verifique a origem do texto

Se chegar até você uma mensagem dessas, algo em que peça para você repassar, verifique primeiro a validade. Pergunte a quem lhe enviou se é verdadeira, se a pessoa verificou se aquilo é fato. Se não obtiver resposta ou a pessoa não tiver feito nada, provavelmente é falsa.

Ainda assim, umas pesquisas na internet com partes do texto (às vezes basta a primeira frase) rapidamente levam à conclusão da veracidade da mensagem. Na pesquisa podemos até encontrar relatos de pessoas que desmontam o que está a ser dito, desmentindo a mensagem. Ou ainda encontramos múltiplas réplicas da mesma mensagem, por vezes com vários anos de diferença, o que leva também à conclusão da falsidade da mensagem.

Que sejamos verdadeiramente portadores da Verdade e não vistos como propagadores da mentira.

[alert type=”info”]Gostou deste texto? Então ouça mais a respeito deste assunto em nosso podcast: BTCast 026 – Não fofocarás[/alert]

Ricardo Mota, nascido em Lisboa há quase 45 anos, formado em Eng. Informática, cristão, casado e pai de 2 meninas, congrega no CPEAD, onde procura servir ao Senhor como Presbítero. Trabalha em Lisboa como consultor em telecomunicações e serviços de TV.
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