Mais uma pregação abençoadora feita no 33 Congresso de Jovens da MEUC. Na noite de segunda feira, Régis pregou sobre Poder e Amor.
Leia o texto abaixo e ouça a pregação!
Muitos afirmam com tranquilidade que Deus é todo-poderoso. Para muita gente, isto não apresenta dificuldades; efetivamente, Deus é Deus, não se compreende como não será todo-poderoso. Mas há outras pessoas, contudo, cada vez mais numerosas na época de crise que ora atravessamos, para as quais as afirmações de uma onipotência de Deus é o mais grave motivo para não crer. No fundo, eles julgam mais verdadeiro proferir um céu vazio ao fantasma de um Imperador do mundo, potentado, déspota, dramaturgo supremo, a manobrar as marionetes da tragicomédia humana, fixando, petrificando ou curto-circuitando a liberdade humana.
Se Deus é Todo Poderoso, Ele o é pelo Amor, o Amor de Deus que é Todo Poderoso.
Há uma grande diferença entre um todo poderoso que nos ama e um amor todo poderoso. Um amor todo poderoso não só é incapaz de destruir seja o que for, como é capaz de enfrentar a morte.
Gosto das reflexões que François Varillon faz a respeito: “O cristão não diz acreditar que Deus é todo-poderoso, diz acreditar em um Deus Pai todo-poderoso. Importância decisiva na preposição “em” seguida do nome próprio. No credo, a afirmação de Deus e de sua onipotência é pronunciada e compreendida num movimento de confiança e amor, expresso precisamente por essa preposição. Dizer: creio em ti é dizer: sei que teu poder não é um perigo para a minha liberdade, mas que ele está, bem ao contrário, a serviço de minha liberdade.
A imagem de Deus TODO PODEROSO em nossa idéia de poder, faz com que facilmente vivemos dois tipos de relacionamento com Deus: (1) Relação de Medo e (2) Relação de Interesses ou de Crentes Mimados.
Cedo ou tarde numa relação assim vem à frustração e decepção e nunca mais desejamos buscar a Deus. Sabe por quê? Porque se Ele impõe medo e ameaça minha liberdade, tão logo descubro que posso fazer o que quiser, vou fazer exatamente o que meu coração manda! Vou mostrar para Deus que quem manda na minha vida sou eu! Chamo de Síndrome do Filho Pródigo!
Na segunda idéia, se tenho saúde, dinheiro, “amigos”, romances bem administrados então eu não preciso do “Gênio da Lâmpada” (Teologia de Aladim)! Logo não preciso mais ir à igreja, orar, buscar a Deus, não preciso dos seus favores e seu poder. Caio Fábio chama de síndrome de Lúcifer! Eu também posso ser deus!
Se você tem vivido uma relação assim com Deus. Se você tem experimentado uma relação de medo ou se você tem barganhado com Deus com interesses egoístas, eu quero te convidar a olhar para Deus de uma forma bem diferente: olhar para Deus PAI TODO PODEROSO! Olhar para o único Deus que é poderoso para te AMAR!
Não tem haver em acreditar ou não em Deus. Você acredita nele? Ótimo! Mas saiba que até os demônios acreditam e temem a ele. Mas tem haver em você crer no Seu Amor ou não. Acreditar na ternura de Deus ou não.
“Porque Deus amou o mundo tão poderosamente que deu o seu filho unigênito, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha vida eterna”. João 3.16 (versão livre)
Não foi ameaçando a tua liberdade que Deus tentou te atrair querido jovem. Antes sim, foi se entregando e morrendo por ti! Porque é necessário pouco poder para se exibir, é necessário muito poder para apagar a si mesmo em favor do outro.
Deus te ama! Ele é incapaz de não amar. E a única coisa que Deus espera de nós é que acreditemos no seu amor.
Mais difícil que resistir o poder é resistir o amor. Não foi com sua onipotência que Jesus nos atraiu. Foi com amor. E conforme Paulo, “o amor de Cristo nos constrange”, como resistir tão profundo Amor?
Pela cruz, me chamou
Gentilmente me atraiu e eu
Sem palavras me aproximo
Quebrantado por seu amor
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