Galera, curto o BTCast e costumo recomendá-lo para o pessoal da minha igreja. Mas não entendo o uso de músicas seculares na edição. Algumas são bem conhecidas pelas pessoas em geral e, inclusive, são tocadas em baladas. Em outras ainda há o problema de as letras possuírem mensagens sensuais. Assim, por que usar esse tipo de música quando há tantas que são feitas por cristãos, bem executadas e que acima de tudo são consagradas ao Senhor?
Olá caro ouvinte.
Primeiramente quero agradecer pela preocupação sincera com o nosso trabalho. Não tenha dúvidas quanto a seriedade com que o fazemos e de forma alguma é nossa intenção servir de tropeço para os nossos irmãos na fé, principalmente por conta de uma questão secundária.
Mas é justamente por estar nesse plano (secundário) que desejamos fornecer algumas explicações quanto a sua dúvida, já que não é a primeira vez (e provavelmente não será a última) que somos questionados por isso.
Então, quanto a questão em si, não pretendemos fazer disso um estudo de caso, mas as assim chamadas “músicas cristãs” infelizmente nem sempre são tão cristãs como se pensa. Fazendo uma análise superficial de algumas dessas canções é possível encontrar com frequência erros teológicos dos mais diversos, que em nada refletem o ensino bíblico, sem contar as melodias maçantes e feitas tão somente para vender cds. Logo, em muitas dessas músicas a intenção de serem consagradas ao Senhor passa longe.
A trilha sonora do BTCast é quase que 100% composta de músicas seculares. Isso se dá pelo fato de que a melodia delas, em geral, é melhor elaborada e tem um apelo sonoro mais agradável e divertido. Do total dessas músicas uma parcela maior é instrumental e a outra parcela, a menor e que contém letra, costuma ser de origem estrangeira, mais precisamente de língua inglesa. Todas elas servem de “bgs” (background), isto é, ficam no fundo da nossa fala, com a função de ambientar e acompanhar o tom da discussão.
Dos bgs com letras é praticamente impossível discernir o que eles dizem, primeiro, por conta da fala inglesa dos intérpretes (a maioria dos nossos ouvintes não possui conhecimento da língua) e, segundo, por conta do baixo volume, de modo a não competir com a voz dos BTCasters.
Logo, se o problema maior é a letra, um ouvinte só saberá o que está sendo cantado no bg se ele previamente conhecer a música e/ou ir buscar pelo seu significado após ter ouvido ela no programa, o que é pouco provável, já que a letra fica imperceptível pelas falas dos BTCasters, como já foi mencionado. Dessa maneira, tecnicamente falando, é praticamente impossível qualquer ouvinte ser “afetado” pelo conteúdo dessas mesmas músicas.
Em todos os casos, sim, eventualmente uma ou outra música pode conter conotação sexual, mas o que está sendo explorado delas é a melodia, não as letras. Fosse o caso, deixaríamos na edição um trecho maior pra os ouvintes escutarem, mas não o fazemos uma vez que esse não é o propósito na utilização delas. É válido dizer ainda que, apesar de fazermos o BTCast para a glória de Deus, ele possui um apelo comercial e não tem o propósito de ter um aspecto cúltico tal como um cristão que se dirige a sua congregação em dia de culto público. É preciso ter em mente essas diferenças.
Em tempo, não fazemos distinção entre música “sagrada” e “secular”. Entendemos que pela graça comum Deus confere dons a todos sem distinção e que é possível que não cristãos produzam arte de maneira séria e primorosa, tal como qualquer cristão o faria.
Concluímos dizendo que, sim, possuímos um crivo, mas que ele não é afetado de forma negativa pelos princípios técnicos citados acima.
Ps: O mesmo vale para o BTVlog e BTPapo, nossas atrações em vídeo.
Abraço.
Mac.